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[crônica] Coleção de tentativas



Atire a primeira pedra quem nunca fez coisas ruins. Não estou me referindo ao contrário de bondade. O texto não tem nada a ver com caráter: quem é mau, quem é bom ou quem fica em cima do muro sem saber se vira anjinho ou capeta. Refiro-me às inúmeras tentativas que colecionamos em nosso histórico como sobreviventes dessa loucura toda que é a vida terrestre. Se existe vida em outros planetas, certamente os ETs devem rir de nós,  pensando no nosso amadorismo e em nossas trapalhadas, afinal, colecionamos mais erros do que acertos, não é mesmo? Oras bolas, que riam até a barriga doer! 

Sabe aquele primeiro arroz que você fez? Ruim demais! E aquela lição de matemática que você se esforçou tanto para fazer e chorou quando o professor esfregou a nota na sua cara?  Igualmente ruim! E aquelas cartas de amor que você tentou escrever para o seu amor platônico? Até hoje você se lembra das inúmeras bolinhas de papel que você arremessou desvairadamente ao seu redor, em um acesso de desespero de dar dó, deixando o seu quarto ruim demais para caminhar... Aí sua mãe entrou no seu universo particular  e mal conseguiu chegar até você porque as bolinhas de papel poluíram tudo e ela quase tropeçou. A bela intrusa chamada " Mãe" entra e te faz sentir um completo idiota apaixonado. "Por que eu não tranquei a porta?", você se pergunta. E para a sua surpresa, ela te olha em silêncio e sai. Ela provavelmente não deve ter entendido nada ou deve ter entendido tudo. Nós subestimamos as mães. Muitas vezes elas se calam para que possamos viver sozinhos aquilo que precisamos viver sem interferências. Há coisas que não precisam ser ditas. Há coisas que precisam ser resolvidas apenas pelo nosso coração e por ninguém mais. 

As pessoas não possuem o hábito de refletir sobre como as coisas ruins fazem parte do processo de aprendizado de suas vidas.  Às vezes, a gente precisa fazer coisas ruins pra ter resultados bons. Só que na ânsia de acertar, não valorizamos os tropeços e os resultados ruins. E por que valorizá-los? Simplesmente porque eles representam a nossa trajetória, a construção do  que somos hoje, do que queremos e do que podemos ser no futuro. Já parou para pensar se a vida fosse feita somente de acertos? Será que existiria o sabor da vitória? Os nossos tropeços nos colocam cara a cara com o que somos. É uma oportunidade que a vida nos dá para olharmos no espelho e analisarmos como as coisas estão indo.  

Colecionamos coisas ruins, desde aquela letra espalhafatosa da pré-escola até aquela maquiagem feita às pressas porque o seu filho te puxou para brincar e você pensou "A vaidade pode esperar, agora vou dar atenção para o meu filho".  E se existisse uma caixa para guardamos nossa coleção de tentativas, como ela seria? Ah, tenho certeza que essa caixa seria rica em detalhes e arrancaria sorrisos se pudéssemos apreciá-la sem julgamentos, sem separar os conteúdos em "isso vai para a gaveta do que é certo" e "isso vai para a gaveta do que é errado". Não precisamos criar categorias porque nossa coleção de tentativas mescla o certo e o errado no mesmo balaio. Pelo menos houve a tentativa, não é mesmo?  Não se julgue tanto e não se sinta horrível porque os resultados não foram bons. Como você poderia adivinhar? Livre-se desse peso terrível que é se achar a pior pessoa do mundo pelas escolhas feitas e tentativas mal sucedidas. Aprenda a observar o seu próprio corpo e ressignifique sua vida. Por quê? 


Porque o corpo fala. Pode parecer estranho, mas as respostas que precisamos, muitas vezes, aparecem como sintomas. Aquela dor de cabeça insuportável sempre que você tem que acordar cedo para trabalhar naquele emprego detestável, aquela dor abdominal que não passa sempre que você se estressa com algo ou alguém,  aquele mau humor que avassala sua vida depois de uma semana turbulenta e tantas outras situações que não caberiam aqui. O fato é que ignoramos os sinais do corpo. E às vezes do coração também! Por que não nos atentamos a essas coisas ruins que nos assolam e que podem nos levar a momentos de reflexão para um bem maior? Comodismo? Medo de largar o certo pelo duvidoso? Medo da vida ou de enfrentarmos nossos próprios dilemas? 

E vamos adiando... E o corpo continua falando... Primeiro ele sussurra em nossos ouvidos! Esses primeiros sinais são tão suaves que nem os notamos. Depois do sussurro, vem uma fala insistente em forma de sintomas que vem e vão. Continuamos a ignorar, só que o corpo sofre as mazelas dessa linguagem. Por quê? Simplesmente porque depois da fala vem o grito. Sim, o corpo se desespera e grita porque precisa de mudanças e/ou cuidados de forma urgente. Você é capaz de ouvir? Ou está cego(a) diante de si mesmo(a)? Esses gritos são o desespero da alma que saltaram para fora em forma de doenças. Não percebemos que a alma está falando através do corpo. Achamos que o corpo está doente por acaso, mas ele suportou demais nossas negligências, aguentou tanto que chegou o momento de explodir.  Agora é hora de você se comunicar com você mesmo(a). Olhe-se no espelho e busque as respostas que tanto precisa analisando-se, amando-se e principalmente, reconstruindo a própria história se a sua alma solicitar isso. 


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Este post é uma blogagem coletiva do + QP (Mais que palavras), um grupo para nos desafiarmos quanto à escrita, estimulando a nossa criatividade. Cada blogueiro deve criar um texto seguindo o tema do mês de MARÇO: "Às vezes, a gente precisa fazer coisas ruins para ter resultados bons"  Para ver o meu post de fevereiro, clique aqui. Confira outras postagens do tema em outros blogs:



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Espero que tenham gostado e até o próximo post!

[Crônica] Daquilo que aprendi sobre a vida



Pode parecer óbvio, mas não é: olhar nos olhos, observar detalhes da pessoa amada, cuidar, amar e se permitir viver aquele momento intensamente como se o mundo fosse acabar amanhã...  Muitas vezes não valorizamos a pessoa que está ao nosso lado e não damos a elas o nosso melhor, seja por medo de se entregar, seja pela correria do dia do dia ou por quaisquer outros motivos que nos impedem de mergulhar no relacionamento. Aprendi que não devemos deixar para amanhã aquele mimo especial, aquele beijo mais intenso, aquele aconchego delicioso que requer uma intimidade mais profunda (como se você despisse o corpo e a  alma), enfim, aquela forma de se entregar sem reservas. Se vai dar certo? Não temos um sensor que revela o futuro, oras, apenas viva! Só vivendo e se permitindo entrar na vida de alguém e deixando o outrem entrar em nosso coração -  de verdade, sem joguinhos, sem desculpas, sem medo de ser feliz - para descobrir se vai dar certo ou não. E se não der certo? Levante a cabeça e siga em frente. Enquanto você se contrai com medo de se entregar, perde a oportunidade de viver uma  grande história de amor.

Aprendi a dizer "não" na casa dos vinte e poucos anos. Antes eu tinha receios de usar essa palavra e magoar o outro, mas o que acontecia, afinal? Eu me magoava porque dizia "sim" sem querer dizer. Isso é péssimo porque a  sua autoestima vai para o ralo, já que você anula as próprias vontades e deixa de mostrar a sua real personalidade, aquela que é reveladora de suas convicções, decisões, enfim, o que você quer ou não quer naquele exato momento. E não é só isso: às vezes você até quer fazer tal coisa, mas naquele momento você está sem tempo ou não pode por outro motivo.  Vou dar um exemplo da época da minha infância. Eu fazia desenhos amadores na escola, porém interessantes, caprichando nas capas dos trabalhos, usando a criatividade em um detalhe aqui, outro ali... E  algumas colegas de salas, encantadas com os desenhos, pediam que eu fizesse alguns para elas. Eu não sabia dizer não e acabava fazendo tais desenhos, mas eu ficava cansada por serem muitos a fazer. O meu lado emocional,  imaturo e regado à timidez, me deixava travada. Crianças têm dificuldade em dizer não. Aos poucos fui mudando e, hoje em dia, quando eu definitivamente não quero fazer tal coisa, digo não. É simples, não dói e faz parte da vida.  Dizer não é libertador, faz um bem danado. Dizer "Não" não quer dizer que você não ama quem ouviu o seu não, mas sim que você precisa se impor (caso contrário, muita gente poderá abusar de sua boa vontade).

Cuidado ao desabafar! Nem todos querem o seu bem. Custei a acreditar nisso, até que as decepções vieram. Por incrível que pareça, eu tive a minha fase ingênua demais, chegando ao ponto de achar que todos gostavam de mim e queriam o meu bem. Algumas pessoas não torcem para que você alcance o sucesso, no fundo torcem para você se lascar, cair do cavalo ou qualquer expressão que remeta a isso. É horrível pensar assim, mas é a pura verdade. Como saber? Aos poucos você descobre quem realmente se importa com você: pelos gestos, pelas palavras, pelo carinho que paira no ar... simplesmente você sente a energia do bem que a pessoa emana para você. E é tão maravilhoso perceber que alguém torce pelo seu progresso, é uma sensação de paz saber  que ainda existem pessoas do bem por aí. Ufa!

Não existe receita pronta para o que você deseja. É preciso  lutar, descobrir sozinho(a), na raça mesmo, não tem truque, não tem passo a passo infalível. Você pega um exemplo aqui, uma inspiração ali, arregaça as mangas e parte para a ação. Somente durante as ações e analisando as consequências, você será capaz de perceber as nuances do que você deseja e se aquele sonho realmente é para você. De repente, no meio do caminho, você pode sentir vontade e/ou necessidade de mudar o trajeto.  Ok, não precisa se sentir culpado(a) por isso, pois as pessoas  mudam, você mudou! Uma hora a gente se acerta.

E por último, perdoe-se! Chega de viver com culpas... Todos erram e você não é diferente! Precisamos de leveza para seguir em frente, algo tão simples, mas infelizmente as pessoas estão imersas na correria que lhes tira o ânimo, tornando-as pesadas e desesperadas para desabafar (infelizmente reclamar, na maioria das vezes) Em alguns momentos, sinto-me pesada como um chumbo devido a tantas tarefas para cumprir, mas me permito parar tudo, ligar o “foda-se” para os problemas que não posso resolver agora,  e realmente refletir, numa espécie de meditação descomplicada, em pé mesmo, sem rituais: "O que estou fazendo da minha vida? Vale a pena viver feito um chumbo?" Sempre que eu paro para pensar (e é um pensar demorado, intenso e emocionado), durante essa comunhão comigo mesma, tenho insigths maravilhosos que me permitem respirar fundo e me sentir mais leve, ter ideias e inspirações para coisas que eu de fato estava precisando.  Isso acontece porque você dá um stop  para se olhar, para se perceber, para acariciar a sua alma que parecia estar jogada em meio ao caos do dia a dia.  A leveza que surge  oscila conforme  os problemas vem e vão, de acordo com o cansaço que chega dominando e te pega despreparado(a) emocionalmente, então isso deve ser  um exercício semanal (quem dera conseguir fazer isso diariamente). Sinal de estafa mental na área? Pare tudo e reflita, ressignifique o mesmo caminho ou mude a rota e veja o que acontece.

 

                       

Esse post faz parte do projeto Escrita criativa um grupo que estimula a produção de textos criativos. O tema do mês de setembro é "Daquilo  que eu aprendi sobre a vida"

10 coisas que eu aprendi com relacionamentos


Ah, relacionamentos, como mudam o nosso modo de ser e de pensar, não é mesmo? Ao longo dos anos, em meio aos sucessos e fracassos de paixonites platônicas, paqueras recíprocas, rolos e namoros, certamente adquirimos uma experiência significativa, permitindo-nos refletir sobre qual rumo tomar e até mesmo aconselhar pessoas queridas.  Isso se você realmente tira as lições necessárias dos erros, pois existem aqueles que simplesmente insistem em dar murro em ponta de faca, o que resulta num fiasco: o famoso ciclo vicioso. Envolver-se emocionalmente com alguém, de maneira profunda,  não é nada fácil. Se lidar consigo mesmo já é um desafio diário, imagine, então,  aprender  a lidar com o outro todos os dias?   Comecei a namorar o Jaime em maio de 2009 e em março de 2010 já estávamos morando juntos. Eu tinha certeza que ele  era o homem da minha vida assim que começamos a namorar. Como assim? É algo intuitivo, sem explicações racionais. Apenas amor! Aprendemos muito um com o outro nesses longos 6 anos de união. Decidi montar essa lista com 10 dicas sobre coisas que eu aprendi sobre relacionamentos. Espero que gostem!



1) Ame-se primeiro





Não existe relacionamento saudável se o amor próprio estiver comprometido/abalado de alguma forma. É imprescíndivel amar a si mesmo(a) em primeiro lugar: cuidar de si, parar de negligenciar a própria felicidade, aprender a descobrir o que te faz feliz e o que te incomoda, enfim, conhecer-se pra amar-se... Se você ficar brocochô demais, seu amor vai perceber e cair fora. Já cuidando de si mesmo(a), o seu brilho começará a aparecer de forma inacreditável e, como consequência, abrilhantará o olhar do outro ao te ver passar.

2) Aprenda a ceder




Nem sempre tudo será do jeito que você quer, pois as pessoas são diferentes no que diz respeito às necessidades, personalidades, objetivos e sonhos. Se você ama e conhece o seu amor, aprenda a ceder de vez em quando, se achar que isso não irá ferir seus sonhos e/ou a sua dignidade. Avalie as circunstâncias e veja se é possível ceder. É claro que se apenas uma das partes cede e a outra nunca faz isso, o relacionamento deixa de ser uma parceria prazerosa e passa a ser um ato egoísta de uma  única pessoa. 

O ato de ceder pode acontecer em circunstâncias simples do cotidiano ou em grandes decisões.  Exemplos: 
1) Você brigou feio com o seu amor por um motivo insignificante, deixando-o mega chateado por suas palavras ríspidas. para dar o troco, ele falou verdades que você não suportou ouvir. Você sabe que o erro inicial  foi seu, certo? Mas no calor da emoção, os dois acabaram errando. O problema é que o seu orgulho não permite consertar a situação, pois você também saiu magoada nessa treta de casal.  O que você faz? a) Dorme sem falar com ele, sem olhar para a cara dele e extremamente emburrada, dando a entender que não quer papo, ou seja, você não dá abertura para uma reaproximação; b) Espera que ele corra atrás de você, pois não vai dar o braço a torcer,  até parece!; c) Resolve ceder, afinal, o erro inicial foi seu, embora tenha ficado bastante chateada com as palavras dele. Então dá o primeiro passo , fazendo um carinho nele, pedindo desculpas... uma tentativa sútil de fazer as pazes. 
2) O seu amor foi promovido, precisará mudar de Estado  e convidou você para ir junto. O que você faz? a) Responde com um "não" convicto, pois mudar de Estado não faz parte de seus planos, embora tenha certeza dos seus sentimentos por ele; b) Pensa se poderá ceder, afinal, você está deslanchando em sua carreira agora, então você dá uma enrolada nele até conseguir se decidir, correndo o risco dele ficar cansado de esperar por uma resposta; c) Responde com um "sim" logo de cara, pois tem medo de perder o amor de sua vida.
3) Você e o seu amor nunca se acertam na hora de decidir o gênero do filme. O que fazer nesse caso? a) Não assistem filmes e escolhem outros programas,  b) Você decide ceder primeiro, assistindo ao gênero escolhido por ele, desde que ele aceite assistir ao gênero que você quer em  uma outra ocasião. Ambos resolvem ceder e aprendem que podem se surpreender com o gosto do outro; c) Você impõe o seu gosto sempre, desrespeitando o gosto do seu parceiro; d) Você sempre cede ao gosto do seu amor, boicotando as suas vontades (como consequência você sempre estará insatisfeita nesses programas a dois)

Nos exemplos acima, é preciso que se tome uma decisão, pois  ficar em cima do muro não vai resolver o caso. Então bora lá dar o primeiro passo, sempre de maneira respeitosa, afinal, relacionamentos em que decidimos ignorar os sonhos e os desejos do outro tendem a naufragar ou nos deixar infelizes. É preciso encontrar um equilíbrio sempre. Pense nisso!

3) Pense antes de falar





Muitas vezes agimos impulsivamente e falamos mais do que o homem da cobra, cansando o(a) parceiro(a) e desgastando o relacionamento. A solução é parar para pensar! Não solte palavras ofensivas no calor da emoção, pois poderá se arrepender mais tarde.  Uma vez lançadas, as palavras não serão apagadas da memória, não serão arrancadas do coração e não serão consertadas na alma do outrem, por mais que haja o perdão, no fundo sempre existirão resquícios de mágoas...




4) Elogie as qualidades, tolere alguns defeitos e aceite as críticas construtivas


Elogiar faz tão bem, eleva a autoestima do outro e é um carinho essencial em forma de palavras. Às vezes é disso que o seu parceiro está precisando nesse momento: uma injeção de ânimo para encorajá-lo a continuar, a se cuidar mais, a se sentir amado, visto  e valorizado. Se tem uma coisa que desanima demais é perceber que o outro nem te nota e não observa os detalhes que são importantes para você. 

É claro que seria muito irreal um relacionamento apenas com elogios, afinal, todo ser humano tem suas falhas. Então entram as críticas construtivas, aquelas que jamais irão depreciar o outro, apenas mostrar caminhos para o outro melhorar, sempre com palavras de amor e incentivo, ajudando o seu amor a crescer e não a se sentir diminuído. Existem defeitos que podem ser mudados e alguns que são intrínsecos ao ser. O que não pode ser mudado (ou porque a pessoa não quer ou porque não é possível mudar por questões particulares de cada um) deve ser tolerado. Como assim? Respeite e pronto! Se o defeito do outro é insuportável, você não é obrigado a ficar com ninguém. Reavalie o seu relacionamento e se você é capaz de suportar algumas coisas. Se existe amor, vale a pena continuar, afinal, as qualidades do ser humano são maiores do que os defeitos, certo? (se não for, caia fora o quanto antes)


5) Entregue-se (compartilhe o seu mundo)





Não tenha medo de se entregar aos desígnios do amor.  Enquanto você estiver preso ao passado ou bloqueado de alguma maneira, sem conseguir se entregar de fato dentro do relacionamento que você escolheu,  você não será completamente  feliz. Quem quer viver pela metade? Liberte-se!  Mergulhe  no outro e deixe o seu amor desvendar as nuances mais profundas de sua alma, mergulhando em você também, sem neuras, sem imposições ...  Isso se você amar verdadeiramente o outro  e achar que vale a pena se entregar assim tão plenamente, compartilhando o seu mundo e se permitindo navegar no mundo do outro... Se não der certo, siga em frente... Pelo menos você não sentirá o peso do arrependimento de não ter tentado.



6) Respeite o espaço do outro e entenda que o outro é diferente de você





O espaço do outro não pode ser invadido, pois as pessoas possuem suas necessidades individuais,  mesmo que ele(a) te ame loucamente, sempre precisará de momentos únicos consigo mesmo(a): uma leitura, uma série que você não curte mas ele(a) ama, jogar videogame, desenhar, surfar, etc. Assim como você precisará respeitar o espaço do outro, deverá preservar o seu também, ou seja, continuar com seus hobbies, pois estes nos desestressam, nos deixam felizes e mais produtivos/criativos. Por que abrir mão de coisas que você gosta para viver sufocando o outro 24h do dia? Quem suporta esse grude? Assim vocês acabarão perdendo a identidade pessoal de cada um.

Não compare seu atual amor com amores antigos. Cada um é cada um e ninguém gosta de ser comparado. Assim como o outro é diferente de você, o outro é totalmente diferente dos seus ex namorados (as). Até o  jeito de demonstrar o amor é diferente e isso não significa amar mais ou amar menos, apenas cada um tem um jeito. Resumindo: cada um tem um jeito de ser, viver,  sentir e demonstrar. Se você demonstra os sentimentos do seu jeito, o outro não é obrigado a fazer igual, apenas se ele quiser. 


7) Surpreenda






Quem não gosta de surpresas? Sair da rotina e descobrir novas experiências? Isso significa que o outro se importa com você e quer te agradar, oferecer novos sabores, novas sensações, novos olhares para o relacionamento que, muitas vezes, está morno. Que tal esquentar? Seja na cama, seja no dia a dia. Use a criatividade! Pesquise ou use a sua intuição.  


8) Dialogue





Um relacionamento sem diálogo não se sustenta por muito tempo, pois passado aquele momento eufórico da paixão, na maioria das vezes surge um sentimento mais calmo: o amor. Muitos percebem que a paixão acaba e nada sobra. Sorte de vocês se perceberem que sobrou o amor,  o sentimento mais nobre do mundo. Com ele é possível reacender a chama da paixão de tempos em tempos e também ser amigo(a) do seu amor para sempre. Como? Conversando sempre, escutando o que o outro tem a dizer, sem atropelos, sem querer impor suas verdades. Aprenda com o outro, deixe o outro aprender com você, mas sem arrogância.   

Se vocês pouco conversam e já não sentem mais aquele fogo inicial, será necessário conversar: a famosa DR (discutir relação),  porém de uma forma bem mais prazerosa, pois a intenção aqui é aprimorar o relacionamento, esquentar o casal, e não DR para brigar nem jogar detalhes sórdidos, inúteis e mágoas na cara um do outro, certo? O objetivo é  descobrir novas sensações, redescobrir-se  e conhecer melhor o parceiro para crescerem  juntos: como casal e como seres humanos melhores. 



9) Não existe relacionamento  perfeito




Perfeição  não existe quando se trata de relacionamentos. Se te falaram que existem príncipes encantados  ou princesas boazinhas e perfeitas, sinto muito, mas te enganaram. As pessoas estão cheias de defeitos, chatices, qualidades e charmes. Todo mundo tem esses dois lados da moeda, por mais que no começo não dê para perceber as facetas negativas do seu amor. O que quero dizer com isso? Para que você aprenda a ser feliz com os pés no chão. Continue sonhando sim, sempre... mas nunca se iluda achando que o seu relacionamento será um mar de rosas, pois um dia você terá muitos desafios para enfrentar. Se houver amor e determinação, essas imperfeições não te impedem de ser feliz, ja que os momentos bons e especiais superam as imperfeições se houver amor. Além do amor pulsando no peito todos os dias, você precisará acumular doses de paciência, sessões de carinho e um olhar atento aos problemas que ocorrem ao redor de vocês, assim  pensará em soluções inteligentes para cultivar  o seu relacionamento.


10) Cuide do outro  
(Senão outra pessoa vem e cuida)




Cuidar, observar o que faz o seu amor feliz, dar  muita  atenção, surpreender e conversar. As pessoas gostam de atenção. Talvez você tenha se acomodado achando que as coisas que você faz já são  suficientes. Engano! Cuidar nunca é demais. Uma atenção diferente, algo que você nunca fez antes pode surpreender e fazer o outro se sentir mega especial, mimado (no bom sentido) pelo outro como nunca antes fizeram. Dê o primeiro passo! Ao cuidar do outro, assim, de forma especial, com certeza o seu amor retribuirá. Quanto mais se dá, mais se tem... O amor, ao ser compartilhado, nunca tem fim...





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Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Rotaroots, uma turma maravilhosa que se reúne em nome de uma blogosfera por amor, sem regras, criativa e mais autoral.

Inveja: sentimento que atrapalha o nosso crescimento pessoal


     O que é a inveja? É um sentimento de tristeza e frustração perante o que o outro é ou tem. Dependendo do grau desse sentimento em sua alma, você acaba sabotando o seu próprio crescimento pessoal e a sua própria felicidade. Todos os seres humanos já sentiram inveja  pelo menos uma vez na vida, afinal, erramos e acertamos, pois não somos perfeitos, e a vida nos expõe a diversos tipos de situações e experiências que infelizmente podem vir a suscitar esse tipo de sentimento. E você não  precisa se achar a pior pessoa do mundo por já ter invejado alguém, certo? Primeiramente entenda as nuances da inveja e depois disso poderá se livrar dela ou diminuir sua frequência.

     Existem dois tipos de inveja:

   1) Você vê o sucesso/beleza/conquista do outro e gostaria que aquilo estivesse acontecendo com você. O seu desejo não é prejudicar a pessoa, você só gostaria de conquistar aquele objetivo antes da pessoa. Geralmente esse tipo de inveja não é prejudicial desde que você não deseje o mal para ninguém.  É a famosa inveja branca. Pode ser até positivo se esse forte sentimento te impulsionar a lutar pelos seus sonhos e ser tão bem sucedido quanto a pessoa que você inveja. Se bem resolvida essa questão, a inveja branca pode transformar-se em  admiração e respeito.

    2) Você não suporta ver o sucesso/beleza/conquista do outro e deseja que a felicidade alheia seja destruída. Neste tipo de inveja você secretamente deseja o mal para a pessoa. Esta sim é a inveja altamente destrutiva e que em nada vai te beneficiar, muito pelo contrário. Em alguns casos, a pessoa que sente inveja chega a prejudicar o outro porque simplesmente não suporta ver o outro bem. Alguns casos são graves, pois mesmo a pessoa que tem inveja sendo bem sucedida, ela não quer que o outro  esteja bem.

    O ideal é que não sintamos inveja de ninguém, pois se estamos bem realizados e bem resolvidos com a nossa vida e com as nossas próprias questões, não tem por que ficar de olho no sucesso alheio.   Caso não consiga se livrar desse sentimento, reflita consigo mesmo se realmente tem motivos para sentir isso. Todos nós temos capacidade para alcançar o que almejamos, basta lutarmos para isso. O que acontece é que alguns alcançam primeiro, outros bem depois. Cada um tem o seu tempo, o seu dom e a sua missão. Se mesmo refletindo sobre a própria vida, você percebeu que esse sentimento continua te afligindo e a sua autoestima vai para o buraco sempre que vê o seu próximo realizado/feliz/bem sucedido/mais jovem/mais bonito, o melhor a fazer é  lutar com todas as  forças internas que você tem (mesmo que duvide você tem) para que haja a superação e você possa parar de se torturar com a felicidade alheia. Um bom exercício para se livrar da inveja é repetir em tom de voz alto as seguintes frases:

a     a) Não, eu não preciso sentir inveja de fulano(a). E também tenho capacidade!

b) Fulano(a) é feliz e eu aceito isso. Que fulano(a) seja abundantemente feliz e abençoado! 


c) Meu Deus, por que eu estou invejando fulano(a)? Isso não combina em nada com a minha essência! A inveja precisa sair de mim!


d) Fulano(a) merece o que tem e o que conquistou e eu reconheço isso. Parabéns para ele(a)!


e) Eu gastarei as minhas energias lutando pelos meus sonhos e objetivos. Desejo imensamente que esse sentimento ruim saia da minha vida!

f) Fulano (a) é bem sucedido porque tem talento e batalhou muito por isso. Cada um tem a sua missão. Ele(a) tem a dele e eu tenho a minha. Que sejamos abençoados, cada um com o seu dom e com a sua missão. 

    As frases acima possuem um grandioso poder de afastar a inveja da sua alma, pois te sacodem para fazer você admitir esse sentimento. A partir do momento que você admite e entende o que está acontecendo, fica mais fácil  resolver essa questão interna que surge sem você querer. Acredite, você não é culpado por sentir isso e também não é a pior pessoa do mundo. De nada vai adiantar você se martirizar achando que é uma pessoa podre, insignificante ou o que quer que seja de ruim, pois  esses pensamentos não ajudam! Nós, seres humanos, não somos perfeitos nem de longe, mas podemos lutar para melhorar  a nossa própria alma, purificando-nos aos poucos durante a nossa existência: eliminando sentimentos ruins e praticando boas ações. É de uma hora para outra? É claro que não!   Demora anos e anos é necessário um policiamento constante de tudo o que há em nós: sentimentos, ações, desejos, etc. Lembre-se: somos   os autores de nossas próprias vidas e escrevemos a nossa história de acordo com a nossa vibração: vibre amor e o amor e a felicidade virão até você...  vibre ódio, mágoa e  rancor e prepare-se para uma vida repleta de experiências negativas.

    Tranquilize a sua alma  e acredite em seu potencial. Todos nós somos capazes! O que acontece é que as pessoas, muitas vezes, não admitem para si mesmas que sentem inveja  e portanto, não conseguem eliminar isso delas. Primeiro admita para si mesmo(a), depois mentalize uma benção para as pessoas, desejando-lhes felicidade e plenitude. Esvazie a negatividade dentro de você e aos poucos poderá notar  que essa ação tem um poder libertador que vai trazer muitas prosperidades para a sua vida. Acredite, abençoar as pessoas é algo tão nobre que muda a nossa vibração.





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Muita luz e paz para vocês! Espero que tenham gostado e até o próximo post. 

Análise do poema Aceitação de Cecília Meireles

Eu amo os poemas da Cecília Meireles e hoje eu resolvi interpretar um deles. Trata-se de um belíssimo poema, um verdadeiro exemplo de superação, a meu ver. Não interpretei com embasamento teórico nem detalhadamente, apenas  um esboço simples do que eu entendi durante a leitura. Caso não concordem com a minha interpretação, terei o maior prazer em ler as hipóteses de vocês. Lembrando que não existe uma interpretação 100% de um poema, pois existem duas subjetividades a serem levadas em conta: a  de quem leu e a de quem escreveu. 

Aceitação

(Cecília Meireles)


Imagem: Fotofrontera










É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos.


É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.


Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar, nem tu.
Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar.



        Minha interpretação 


Ouvir as nuvens e sentir as estrelas é mais fácil do que alcançar a pessoa amada na terra. Significa que esse amor é tão impossível que é mais fácil o eu lírico alcançar os céus do que estar na terra com o ser desejado. Observar o fundo do oceano e suas formas é mais fácil do que desejar que o ser  amado apareça em sua frente.  Resumindo: um amor impossível! E, geralmente, quando há ilusão, qualquer  gesto da pessoa amada cria falsas esperanças, gerando angústias. Vale a pena uma vida inteira repleta de angústias  por um amor não correspondido? 

O eu lírico percebe que não vale a pena e aceita que existe uma situação angustiante e é hora de transformá-la: não interessam mais as estrelas, nem as formas do mar nem a pessoa amada, pois aceita que esse amor é uma ilusão, desejo impossível de ser realizado. Ter consciência da situação é o primeiro passo para a transformação, então é preciso lutar para esquecer esse amor. Uma luta nada fácil, porém necessária. Como lutar? O eu lírico escolhe a música para extravasar a sua dor, uma válvula de escape que o ajuda a sentir prazer durante a tentativa de esquecer o ser amado. E a canção surge como doce solução para tirar a amargura do ser, para desiludir-se e para libertar-se desse amor.  Não tem inveja das cigarras, pois também deseja morrer de cantar, mas não no sentido negativo da palavra "morte". Quer dizer que passará toda a sua existência cantando. (a comparação com as cigarras ocorre porque há uma lenda que diz que as cigarras explodem de tanto cantar)

           Enfim, o eu lírico percebe que a felicidade está dentro de si mesmo, em sua “própria canção”, ou seja, no encontro com sua própria essência, com a musicalidade de seu ser. Percebe que a felicidade não está no outro, mas dentro de si mesmo... Essa constatação é uma libertação, pois não dependerá de mais ninguém para ser feliz. Percebe, então, que o outro é apenas o complemento da  sua felicidade. 



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Até o próximo post!
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