"Quem não for belo aos vinte anos, forte aos trinta, esperto aos quarenta e rico aos cinquenta, não pode esperar ser tudo isso depois."
(Martinho Lutero)
Imagem do Google |
Antes eu era da casa dos 20. Que
delícia! Meu metabolismo era mais rápido, pique enorme para tudo: trabalho,
faculdade, balada, pós graduação, madrugadas em claro lendo livros e fazendo
trabalhos para não ficar de exame nem pegar DP... Sinto saudades dos 20 e
poucos anos, foi uma época áurea em minha vida. Sentia-me leve e bonita (exceto
nos dias de TPM e em momentos de crise existencial) Pele de
pêssego, barriga menos saliente, ligada no 220, conseguindo fazer mil coisas ao
mesmo tempo e ainda assim continuar jovial vinte e quatro horas e sem ficar descabelada, afinal eu tinha tempo de sobra para cuidar dos cabelos. Ah, eu não era sedentária, né? Agora eu sou trintona, mas para
ficar mais chique, digo que sou balzaquiana (uma referência ao livro Mulher de trinta anos de Honoré de Balzac). Se gosto da minha idade?
Sim, carrego um grande aprendizado nas costas, por isso me sinto um pouco
mais pesada... mas é pela bagagem! Sinto-me mais plena e serena... mais
feliz do que era antes dos 30, pois floresci com o tempo ao aprender que
temos milhares de pétalas em nossa existência: algumas voam e jamais voltam,
outras permanecem mas são transformadas com as nossas experiências e
algumas voam e voltam para nós de um outro jeito: outra cor,
outra textura , outra fragrância. A serenidade adquirida com
a idade é uma das melhores pétalas que adquiri nestas três décadas e quatro
anos, num florescimento especial repleto de lutas, cores, medos, amores, ganhos, fragrâncias, perdas e
aprendizados!
Sou
Mulher com M maiúsculo, com direito a salto alto, cabelos soltos, vestido
e batom vermelho, quando quero... Visto-me de
maneira prazerosa primeiramente para mim. Ah, isso
é fantástico: vestir-me para mim mesma sem me preocupar com a opinião
alheia. Posso ir do salto alto ao all star quando eu bem sentir vontade.
Sem pressões para ser isso ou aquilo. Sou simplesmente eu e ponto final,
do jeito que escolhi ser. E sou feliz com isso, gosto do meu espelho, do meu
guarda-roupa e as imperfeições do meu corpo eu aceitei porque decidi que
não é um padrão de beleza imposto pela sociedade que vai ditar a minha felicidade. Quando nos rejeitamos, a vida nos rejeita. Precisamos amar as
nossas virtudes e lidar com os nossos defeitos sem precisar odiá-los.
Imperfeições toda mulher tem, marcas peculiares que são nossas,
apenas nossas (Ah, se minhas estrias e celulites pudessem falar...) Sentir-me bem e querer sim
melhorar o meu corpo, porém sem neuroses... sem querer ser perfeita... Eu dito as regras do meu corpo, da minha vida e das minhas convicções simplesmente porque a felicidade é minha.
Mulher com M maiúsculo porque sou mãe e esposa, profissional e dona de casa e ainda tenho que arranjar tempo para cuidar de mim e escrever. Sim! Essa é a parte mais desafiadora quando se é mãe, por isso vem um amadurecimento muito especial porque simplesmente as prioridades mudam. Antes, na casa dos 20, a minha prioridade era estar sempre com os cabelos escovados e devidamente pranchados, ler livros com frequência, cuidar de mim, etc. Hoje minha prioridade é cuidar do Igor e vê-lo feliz. Isso não tem preço! Quando o meu pequeno brinca, pula e corre, tão livre, leve, solto e lindo com aquele sorriso deliciosamente belo, eu confesso que me derreto e sinto uma paz dentro de mim em espirais de ternura... Fico horas nesse enamorar divino e puro que é ser mãe e ser feliz simplesmente porque o filho é feliz. Sou uma mãe balzaquiana, exausta sim, mas muito feliz por ter o meu pequeno príncipe, sapeca e ruivo, todos os dias aqui conosco para provar que a vida vale a pena (uma vida a três que um dia será um quarteto se Deus assim permitir). A correria é tanta que às vezes até esqueço de me olhar no espelho. Maquiagem? Ah, um batom está bom demais para não ficar tão pálida, não é mesmo? São as fases da nossa vida que não podemos perder os detalhes porque cada minúcia dessa experiência é preciosa demais...
Mulher com M maiúsculo porque sou mãe e esposa, profissional e dona de casa e ainda tenho que arranjar tempo para cuidar de mim e escrever. Sim! Essa é a parte mais desafiadora quando se é mãe, por isso vem um amadurecimento muito especial porque simplesmente as prioridades mudam. Antes, na casa dos 20, a minha prioridade era estar sempre com os cabelos escovados e devidamente pranchados, ler livros com frequência, cuidar de mim, etc. Hoje minha prioridade é cuidar do Igor e vê-lo feliz. Isso não tem preço! Quando o meu pequeno brinca, pula e corre, tão livre, leve, solto e lindo com aquele sorriso deliciosamente belo, eu confesso que me derreto e sinto uma paz dentro de mim em espirais de ternura... Fico horas nesse enamorar divino e puro que é ser mãe e ser feliz simplesmente porque o filho é feliz. Sou uma mãe balzaquiana, exausta sim, mas muito feliz por ter o meu pequeno príncipe, sapeca e ruivo, todos os dias aqui conosco para provar que a vida vale a pena (uma vida a três que um dia será um quarteto se Deus assim permitir). A correria é tanta que às vezes até esqueço de me olhar no espelho. Maquiagem? Ah, um batom está bom demais para não ficar tão pálida, não é mesmo? São as fases da nossa vida que não podemos perder os detalhes porque cada minúcia dessa experiência é preciosa demais...
Antes eu era uma menina-moça, ingênua
até o último fio de cabelo, insegura em algumas situações e não sabia ser
sensual sem ser um pouco vulgar, simplesmente por conta da imaturidade. Agora,
como uma mulher de 30 anos, sei que não é um simples decote muito menos um
corpo perfeito que fazem uma mulher poderosa. É a autoconfiança
que permite que nos sintamos poderosas, lindas e plenas. E é apenas o
autoconhecimento que gera a autoconfiança. Estudar a si mesma, eis um desafio
para todos os dias. Atitudes também dizem muito! Não adianta ser autoconfiante e ficar
sentada na varanda esperando a vida passar... Eu me considero bonita sim, não tenho vergonha de dizer. É uma questão de aceitação e descobertas: olhar-se no espelho e ver beleza além da estética, numa análise profunda de qualidades e defeitos. E procurar a felicidade dentro de você e não fora! Vasculhe-se, numa investigação serena e cuidadosa. Seja feliz porque você merece!
Na casa dos 20, ao receber um elogio,
você inventa desculpas, você nunca quer admitir que se acha bonita e solta
um "Imagine" ou "O que é isso, meu cabelo está tão seco, nem
hidratei ele". Muitas realmente não se acham bonitas e acreditam que
a pessoa que elogia está ironizando ou tirando onda. Se elogiam, ficam
pensativas... se não elogiam ficam chateadas... Na casa dos 30 você
simplesmente responde "obrigada". Você adora ser elogiada e
quando ninguém te elogia você fica bem, isso não faz diferença
para reforçar a sua autoestima.
No começo da casa dos 20 eu acreditava em príncipes encantados, pode isso? Achava que encontraria alguém perfeito e que não existiria problema algum no relacionamento. Na metade da casa dos 20, com as experiências da vida, comecei a mudar a minha visão e isso fez toda a diferença. Encontrei o amor da minha vida com 28 anos, numa época perfeita, pois já tinha vivido tudo o que tinha que viver e eu tinha certeza do que queria. Ele não é perfeito, assim como eu também não sou perfeita! Ora bolas, somos humanos... Para que príncipes encantados? Sejamos felizes com pessoas de carne e osso, com defeitos, qualidades e que de vez em quando acordam de mau humor como qualquer mortal, mas acima de tudo conseguem nos amar mesmo com todos os nossos defeitos. Apesar de qualquer problema que possa aparecer ou das situações cotidianas do casal, se o amor for verdadeiro, ele sim é o pote de ouro escondido no arco-iris, um autêntico tesouro que duas pessoas compartilham no dia a dia, numa luta que vale a pena. Sou feliz porque encontrei alguém para amar, ser amada, cuidar, ser cuidada, compartilhar as alegrias, consolar as tristezas, lutar lado a lado e aprender junto.
No começo da casa dos 20 eu acreditava em príncipes encantados, pode isso? Achava que encontraria alguém perfeito e que não existiria problema algum no relacionamento. Na metade da casa dos 20, com as experiências da vida, comecei a mudar a minha visão e isso fez toda a diferença. Encontrei o amor da minha vida com 28 anos, numa época perfeita, pois já tinha vivido tudo o que tinha que viver e eu tinha certeza do que queria. Ele não é perfeito, assim como eu também não sou perfeita! Ora bolas, somos humanos... Para que príncipes encantados? Sejamos felizes com pessoas de carne e osso, com defeitos, qualidades e que de vez em quando acordam de mau humor como qualquer mortal, mas acima de tudo conseguem nos amar mesmo com todos os nossos defeitos. Apesar de qualquer problema que possa aparecer ou das situações cotidianas do casal, se o amor for verdadeiro, ele sim é o pote de ouro escondido no arco-iris, um autêntico tesouro que duas pessoas compartilham no dia a dia, numa luta que vale a pena. Sou feliz porque encontrei alguém para amar, ser amada, cuidar, ser cuidada, compartilhar as alegrias, consolar as tristezas, lutar lado a lado e aprender junto.
Com
30 anos, você descobre que a vida abriu portas e fechou janelas. Você
simplesmente para de culpar o mundo e Deus pelos seus fracassos, pois
percebeu que você é a única responsável pelas suas escolhas e atos e sim,
existem consequências. Percebe que os valores da vida estão no Ser e não no Ter. Claro que você quer um scarpin novo que parece
te paquerar lá na vitrine (e você merece comprá-lo para sair arrasando por aí
sim) mas a sua essência e os seus valores são muito mais valiosos do que
qualquer bem material que existe na face da terra. Por isso a importância
de ser sempre quem você é sem medo .
O tempo é uma corrida mais veloz do que
a São Silvestre. Sei que logo mais serei quarentona (em 2020). Mas prefiro
dizer que vou fazer parte do grupo das Lobas. Terei a idade da loba com orgulho
(esse termo é uma referência ao livro Quarenta: a idade da loba de Regina Lemos). A bagagem
vai ficar muito mais pesada sim. Ai ai, minhas costas! Até lá farei pilates, hidroginástica
ou ioga, prometo! Talvez eu nem perceba o peso. Quem sabe o sedentarismo
resolva ir embora levando as malas mais pesadas, deixando apenas a Sabedoria?!
Essa mala, a da Sabedoria, será mil vezes mais encantadora e sentirei um
prazer gigantesco em carregá-la, seja nas costas, seja com as mãos, não importa
como, só sei que distribuirei esse saber pelo mundo a fora. Terei
mais histórias para contar, menos medos e a autoestima
dobrará. São os desafios da vida que não quero perder. Quero estar viva para
sentir tudo isso, pois a graça de viver são as surpresas
que estão por vir.
"Há qualquer coisa em nós que está por cima e por trás de todas as idades e com todas as idades vai brincando."
(Hugo Hofmannsthal)
Esse texto é seu flor? Se for que lindo que ficou :O
ResponderExcluirEscrita perfeita, ótima observadora. Ainda na fase dos 20 e poucos, mas me identifiquei muito com o texto e puder ver descritinhos amigas que já sã balzaquianas e trazem todas essas experiência e qualidades.
Por que o importante é saber aproveita o melhor de cada fase que a vida te dá.
beijos :*
http://descomplicandocosmeticos.blogspot.com.br/
Olá, Raissa! Obrigada pelo elogio quanto ao texto. Fico feliz que tenha gostado e se identificado. É de minha autoria, fui escrevendo em etapas durante 1 semana... começou com uma frase que me veio à cabeça e o texto foi nascendo! Curta bastante a casa dos 20, viu? É uma fase tão deliciosa de nossas vidas. bjssss
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