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A dança - Poema autoral de Ana Paula Borges (inspirado no poema A dança de Mario Quintana0 Poesia sobre bailarinas


Bailarina das poesias esvoaçantes
Baile e vida se conjugam...
Ela escorrega plena no palco
Sem pisar no tule do vestido
E sem desmanchar o penteado.
Dos olhos deságuam lagos de alegria
Sem borrar a maquiagem
E sem revelar que errou os passos...
Surpreende a todos com a sua postura.


Laços de ternura emolduram sua face
E a leveza do silêncio paira no ser
Dança da alma além do corpo
Cria um novo sentido
Vai além da própria dança...
Fecha os olhos e, assim, desliza serena
Num casamento de sons, letras e giros
Em jogos com palavras e passos etéreos...


É ela, a bailarina que dança a própria poesia
E nos encanta com a sua entrega e magia.
Captura os passos que deixou escapar.
Um a um, nesse chão de purpurina
Espalha o brilho pelo ar sem fim
E ao girar, compete com as fadas,
Pois seu rodopio em flashs
Pode ser breve ou eterno
Depende de quem o capturar.


Como asas translúcidas que se espelham no ar,
E como fadas que no espaço se dispersam,
Ela ali parece voar...
Como borboletas que buscam uma poesia de Vida,
De Morte e de Além-Vida,
Ela ali parece buscar...


Dançarina das palavras feitas de ballet
Segura as sapatilhas que escaparam 
E descalça, não perde o equilíbrio.
Ah, bailarina, na invenção dessa tua poesia,
Vida, Morte e Além-Vida 
Borboleteiam plenas e descalças,
Bailando o sobrenatural no palco
Encantando a platéia que sorri
E  aplaude a própria poesia
Reverberada em ti.
(Autora Ana Paula Borges)


[Crônica] O doce encanto dos antigos papéis de carta


Uma coleção modesta para uma menininha dos anos 90. A quantidade não era importante, já que as condições financeiras não eram favoráveis. Ali o que importava era a magia que morava em cada desenho... Ela olhava, folheava, trocava, destrocava, sentia, cheirava, sonhava e vivia cada detalhe da arte impressa com o olhar atento e o coração aquecido. A pasta era envelhecida, os plásticos meio desgastados e alguns papéis amassados. 

Cada moeda era útil para alimentar a doce coleção... Juntava-se uma a uma... E, assim, o desenho preferido era paquerado pela menininha através da vitrine da papelaria. Quando tinha os trocados em suas pequenas mãozinhas, corria freneticamente pelo bairro, de bazar em bazar, em busca de novos papéis, os mais bonitos e que despertassem o olhar alheio, porém sem troca na maioria das vezes. Era um exibicionismo inocente, uma busca constante de imaginação infantil, pois olhar aqueles desenhos era mergulhar neles e viver cada detalhe como se a criança fosse parte integrante daquele universo artístico. Ter um papel de carta desejado era a mais pura ostentação.

 As amiguinhas da escola e do prédio tentavam convencê-la a trocar e a doar alguns papéis de carta, mas ela nem sempre cedia. Era divertido e prazeroso reunir as amigas para que juntas olhassem aqueles papéis e também para que pudessem despertar uma certa inveja. "Eu tenho, você não tem, eu sei que deseja trocar comigo, mas eu não troco". Não era um simples olhar. Era uma espécie de leitura encantada: as cores eram soletradas, as formas do desenho narradas na mente, a história de cada papel...  imaginava-se a quantidade de trocas que cada papel tivera, como cada dona cuidara dele. Renovar a pasta era divertidíssimo: tira, põe, negocia, renegocia... Às vezes era possível recuperar um papel há tempos trocado. Parecia que ele voltava diferente, com uma outra roupagem. (tinha histórias para contar). Isso tudo é  maluquice pura! Saudades. 

O enamoramento na vitrine era algo frequente. A  tia do bazar até reconhecia o olhar de felicidade da menininha quando o papelzinho  desejado há tempos era enfim comprado. Vendedora e cliente pareciam cúmplices e amigas por alguns minutos. Após comprar a sua arte desejada, ela saía radiante pelas ruas do bairro e voltava para casa com medo de perder o novo item da humilde coleção. E se chovesse? E se a nova aquisição caísse no chão e o vento levasse embora? 

O tempo voou e as memórias continuaram firmes na árvore do encantamento. As folhas mágicas dessa árvore ainda dão frutos quando alguns desenhos ainda saltitam para fora... Esses desenhos invisíveis são insights poéticos que ainda insistem em revisitar a menininha. Nostalgia sim, vivências tão doces e prazerosas naquele universo infantil dos anos 90. Direto do túnel do tempo. Direto da alma. 

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Um vídeo da coleção:




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Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Rotaroots, uma turma linda  que se reúne em nome de uma blogosfera por amor, sem regras, criativa e mais autoral.


Tema de julho / 2019:



Projeto fotográfico - Urban art

Olá, queridos, tudo bem? Urban art é um tema sugerido pelo grupo Lente criativa para o mês de agosto. Como não se apaixonar? Eu simplesmente adoro esse tema! Sou daquelas que param no meio da rua para apreciar um muro grafitado. Com uma câmera na mão, eu corro o sério risco de ser atropelada, já que fico abobalhada diante de uma arte bem feita  (rs) E se eu pudesse, com certeza encheria esse post com milhares de fotos, mas só posso postar 10, então selecionei as melhores.

Apreciem a minha seleção a seguir. Espero que gostem!

1) Muro de rua

As duas fotos a seguir são referentes a um único muro. É um grafite recente feito na rua em que minha mãe mora. Quando  vi esse muro pela primeira vez,  fiquei estática por alguns minutos a fim de observar  os detalhes. Simplesmente lindo!


2) Muro de escola 

Se tem uma coisa que eu amo de paixão é muro de escola. Adoro observar a criatividade alheia e os diferentes tipos de desenhos que são explorados. As duas primeiras fotos são de uma escola e da terceira para frente são de outra. O que vocês acharam? Eu achei incrível o muro com a frase do Paulo Freire. Quanto ao desenho do segundo muro, achei que ficou bem alegre e  jovial. Os demais muros representam as disciplinas escolares. Criativo, né? Pena que não deu para fotografar todas as disciplinas (senão o post ficaria gigante)
 








3) Portão grafitado

Volta e meia nos deparamos com portões grafitados. O que eu acho disso? Eu acho o máximo, simplesmente adoro arte urbana e toda a sua diversidade cultural.



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Lente criativa é um grupo idealizado pela Yasmin de Carvalhocujo objetivo é propor desafios fotográficos para que os integrantes busquem novos olhares no momento de fotografar. Todo mês temos um tema diferente.  É uma tarefa desafiadora que nos impulsiona a colocar a criatividade para funcionar. O tema de junho foi Inverno. Veja aqui. 

Veja outros posts do projeto:





Até o próximo post, meus amores! 

[6] Um poema meu - Amor

Quando você sabe que é o amor batendo na porta do seu coração?  É quando você quer morar com ele(a) sem sombra de dúvidas e deseja compartilhar sonhos, ideias, pensamentos e sentimentos... Seja um casamento tradicional com festança,   seja  apenas  juntar as escovas de dentes, tanto faz... Um casamento de almas é muito mais do que um papel assinado! É uma aliança eterna quando o amor é verdadeiro!

A imagem abaixo é um desenho e um poema feitos por mim em 2010, meses antes de morar com o meu amor.  Estávamos preparando as coisas, o nosso ninho... Fiz o desenho no Paint. No poema eu tento explicar o que é inexplicável: o amor!

Poema enviado para o email do meu amor no dia 27/01/2010, 2 meses antes de morarmos juntos...

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Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Rotaroots, uma turma maravilhosa que se reúne em nome de uma blogosfera por amor, sem regras, criativa e mais autoral.

[meus textos] História em quadrinhos "A festa dos sonhos" - Renascimento e sonhos...



Olá, anjos, tudo certinho? Fiquei com vontade de fazer um post diferente,  então montei uma história em quadrinhos  no sulfite, pintei e escaneei. Achei divertido de fazer (imaginem uma criança de 34 anos pintando sem  parar, essa sou eu HAHAHAHA) e  pertinente com o tema "Renascimentos e recomeços", sugerido pelo grupo Rotaroots esse mês. Montei o rascunho da historinha em uma folha qualquer, aproveitei que o Igor estava quietinho assistindo "Dora aventureira" e sentei-me para colocar em prática  a minha ideia. Como eu estava inspirada, fiz tudo hoje (22/04). São duas folhas.  Espero que gostem!




Veja também essa história no formato "narração" clicando abaixo:



Esse é o recomeço na vida da mamãe de Lulinha. Daqui para frente novos horizontes se abrem e ela será uma pessoa mais leve, sem aquele peso do emprego detestável, sem aquela monotonia, sem aquele cansaço físico e mental... Ela mais parecia um robô naquela empresa, sem vontade alguma de  executar suas tarefas. Um sinal dos céus ter sido demitida. Agora é correr atrás dos sonhos, analisar melhor suas metas e recuperar a garra interna que ela um dia teve.  E que ela consiga um outro emprego e se realize! O esposo confortou a amada de uma maneira bastante carinhosa porque ele a ama e tudo o que quer é vê-la radiante e realizada. E a filha? Aprendendo desde cedo que  festa pomposa não significa diversão garantida e que, muitas vezes, algo simples e feito com amor pode ser muito mais prazeroso. Ah, e na verdade criança nem liga muito para big festas, pois o que importa é o bolo, o refrigerante, o brigadeiro, as bexigas e as brincadeiras. 

Mudanças de planos, mentes que se expandem para o novo, para a simplicidade e para o amor. Essa foi a mensagem que eu quis transmitir. 



Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Rotaroots, uma turma maravilhosa que se reúne em nome de uma blogosfera por amor, sem regras, criativa e mais autoral.






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